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MANIFESTAÇÕES
Ato pró-impeachment acontece em vários estados brasileiros

Data da notícia: 2015-12-13 16:51:07
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Com enterro simbólico do PT no gramado em frente ao Congresso Nacional, milhares de pessoas, vestidas de verde e amarelo, encerraram a manifestação pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff, em Brasília. O ato, que começou por volta das 11h, na Esplanada dos Ministérios, pediu ainda o fim da corrupção e a cassação do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O protesto terminou por volta das 13h.

Minutos antes do enterro simbólico, os manifestantes rezaram um Pai-Nosso, cantaram o Hino Nacional e leram em conjunto mensagens direcionadas a parlamentares e a Dilma. ?Chegou a hora de provar de que lado vocês estão. Tenham coragem de fazer a vontade de seus eleitores. Votem sim, pelo pedido de impeachment?, dizia parte do texto dirigido aos parlamentares.

O ato na capital federal fechou as vias da Esplanada dos Ministérios e reuniu de 5 mil a 6 mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar (PM), e 30 mil, segundo os organizadores. Os manifestantes seguiram do museu da República até o Congresso Nacional, com faixas contrárias à política fiscal e também a favor da cassação de Cunha. Havia ainda bonecos infláveis do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma, representada com um nariz igual ao do personagem Pinóquio.

Uma das organizadoras Beatriz Kicis, integrante do movimento Revoltados Online e Resgata Brasil, disse que o ato foi a favor da democracia. ?Nossa manifestação não tem nada a ver com o AI-5 [baixado em 13 dezembro de 1968 e que deu início ao momento mais duro da ditadura militar]. Marcamos dia 13, porque 13 é o número do PT, que é o partido que queremos derrubar?, afirmou.

Segurança

O movimento foi pacífico e marcado pela presença de famílias com crianças e idosos. A PM revistou os manifestantes na chegada à Esplanada, principalmente os que estavam com mochila. A PM fez um cordão de isolamento em frente ao Congresso.

Panfletagem

Paralelamente à manifestação, um grupo do movimento Frente Brasil Popular, que afirma representar o PT e cerca de 20 entidades, fez panfletagem na Torre de TV ? um dos pontos turísticos mais movimentados da capital federal. O ato, que tem participação de poucas pessoas, é contra o impeachment da presidenta Dilma e o ajuste fiscal e pede a saída do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Amanhã (14), aniversário da presidenta Dilma Rousseff, um grupo liderado pelo PT e por entidades que apoiam o governo organizam uma festa simbólica, em frente ao Palácio do Planalto, com direito a bolo e parabéns.

SÃO PAULO

Desde o final da manhã de hoje (13), manifestantes favoráveis ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff concentram-se na Avenida Paulista, região central da capital. Vários carros de som estão estacionados ao longo da via, que, aos domingos, tem o tráfego de veículos interrompido. Os participantes do ato vestem camisas amarelas ou trazem adereços, como lenços faixas e pintura de rosto com as cores da bandeira nacional.

Para o líder do Movimento Vem Pra Rua, um dos organizadores do protesto, Rogério Chequer, os atos de hoje, que ocorrem em diversas cidades, são ?o primeiro passo dessa nova fase da mobilização do povo?.

As manifestações deste domingo são as primeiras que pedem a destituição de Dilma desde que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acatou o pedido de impeachment apresentado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal. ?É uma fase importante, porque já tem uma busca concreta por mudança, e estamos apenas começando?, disse Chequer.

Ele admitiu que a manifestação de hoje deve ser menor do que outras ocorridas ao longo deste ano. ?Houve muito pouco tempo de divulgação. É normal que um movimento com menos tempo de divulgação tenha menos gente. Não nos surpreende?, ressaltou. Segundo o líder do Vem Pra Rua, a mobilização é importante para pressionar os parlamentares. ?É preciso que esses deputados, já a partir de agora, se posicionem e mostrem a sua posição com relação ao impeachment.?

Acompanhado da esposa e das duas filhas, de 7 e 5 anos, o administrador Eduardo Longo disse acreditar que o protesto é parte de um momento histórico. ?A gente não aguenta mais este governo. Primeiro, a corrupção está enorme. Depois, as medidas econômicas, as pedaladas fiscais e uma série de subsídios para setores escolhidos. Coisas que não incentivam uma economia livre?, reclamou.

Longo ressaltou que não é entusiasta de um possível governo Michel Temer, mas considera a possibilidade de o vice-presidente assumir o cargo, caso ocorra o impeachment, como um passo necessário para mudança de rumos no país. ?Como foi com o [ex-presidente e atual senador] Fernando Collor, lá atrás, o Itamar Franco foi um governo de transição. Ou seja, você saiu de um polo e foi para o outro.?

Além dos grupos que pedem a destituição de Dilma, aproveitam a mobilização militantes da campanha pela redução de impostos promovida pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), e partidários da volta do regime militar.

RIO DE JANEIRO

Manifestantes que participam neste domingo, na Praia de Copacabana, de passeata a favor do impeachment da presidenta Dilma Rousseff defendem também a convocação de novas eleições.

Embora o alvo principal dos ativistas seja o afastamento da presidenta da República, é grande o número de pessoas que defendem a saída do vice-presidente Michel Temer e do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

"A corrupção mata neste país. Tem que tirar todo mundo. Eu temo o Temer. Quero novas eleições", disse a biomédica Ana Lúcia Fragoso Kneip, que levava um cartaz onde estava escrito: "Fora, Renan e Eduardo Cunha", com as siglas PT e PMDB riscadas com um xis.

A professora universitária Silvia Soares também defendia mudanças gerais, com a convocação de novas eleições: "A Dilma é só uma pessoa. Não adianta tirar só ela. O problema é o nosso sistema corrupto. A gente tem que mudar o sistema político. Tem que haver uma cassação de chapa, porque se o Temer foi eleito com dinheiro roubado, ele tem que sair junto com ela [Dilma]. A solução é chamar novas eleições", afirmou.

Para a aposentada Sandra Maria Bernhardt, o principal objetivo é a saída de Dilma da Presidência. "Que a Dilma saia e o Temer assuma, por enquanto. É o que temos para o momento", disse Sandra, que fez questão de comparecer à passeata, apesar do calor forte, em uma cadeira de rodas. (Com informações da Agência Brasil)

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